Premonição 6: Laços de Sangue | A fórmula reinventada surpreende o espectador

Hollywood está passando por uma fase longa de apego ao passado. Com isso, há uma missão implícita de apresentar para a nova geração blockbusters com uma nova roupagem. Por isso, após 14 anos de intervalo, Premonição 6: Laços de Sangue (Zach Lipovsky) surge nos cinemas bem diferente dos seus antecessores. E, para surpresa de muitos, funciona tanto para a parcela de público inédito quanto para os fãs da sequência.  

O mais novo capítulo da ensanguentada franquia de sucesso é voltado para a história de Stefanie Lewis (Kaitlyn Santa Juana), que está sendo atormentada por um pesadelo recorrente. Ao buscar a origem do sonho violento, a estudante universitária volta para casa para rastrear a única pessoa que, talvez, possa ser capaz de quebrar um ciclo fatal.

Premonição 6 se reinventa dentro de sua própria fórmula 

tony todd em premonição 6
Créditos: Divulgação / Warner Bros. Pictures

É de comum acordo que os últimos filmes da franquia ficaram a desejar. Então, existe ainda um grande receio do público na nova produção que demorou tantos anos anos para aparecer no circuito. Afinal, é muito difícil encontrarmos continuações que consigam entregar a qualidade almejada por um público que já demonstra ter um pé atrás. Porém, surpreendendo a todos, Premonição 6 consegue entregar excelência em uma narrativa. 

Apesar de utilizar a mesma receita simples de sempre – o que levou ao sucesso no início dos anos 2000 -, o sexto filme consegue se reinventar em sua própria fórmula. Assim como o título diz, fazer a ligação das mortes relacionada ao laço sanguíneo transforma o roteiro em uma história cativante. 

Além disso, essa decisão faz jus a participação fundamental de um personagem dentro da franquia. É em Premonição 6 que certos “furos” são finalmente explicados e a produção pode ter trazido um encerramento digno para os fãs. 

Outro ponto é a forma como conversa com a nova geração, trazendo elementos – seja na criação dos personagens ou na ambientação – que podem passar despercebidos, mas que fazem total diferença na hora de conversar com os atuais espectadores. 

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Mortes insanas são indispensáveis em Premonição 6

cena de gore em premonição 6
Créditos: Divulgação / Warner Bros. Pictures

E quando fala sobre Premonição, fica claro que as cenas de mortes são uma grande preocupação para quem gosta da franquia. Afinal, esse foi o pilar fundamental para conquistar os fãs. Mas, quando você estiver dentro da experiência, perceberá que a qualidade e a criatividade só cresceram dentro desse filme. 

Ao longo do filme, nós podemos perceber como os formatos das mortes dos personagens vão crescendo de proporção. Além de serem cenas mais demoradas, criando uma agonia proposital e com o ritmo certo, os acontecimentos ocorrem de forma bem exagerada e inesperada, honrando o formato gore – subgênero que a produção carrega com orgulho. 

Mas o que impressiona mesmo é como que depois de seis filmes, a franquia ainda consegue manter o humor em todas as obras. O terror misturado com comédia faz tudo se tornar mais divertido, transformando em uma experiência que não tem espaço para frustrações. Afinal, não é porque o longa não se leva a sério que a produção tem que entregar um projeto meia-boca, como já ocorreu em filmes antecessores. 

Quando falamos sobre terror, com certeza Premonição 6 é uma das gratas surpresas desse ano. Apesar de ser uma insistência a uma franquia que já poderia ter sido encerrada, a produção quis provar seu potencial e trouxe uma obra que convida o público a lembrar da essência do gênero dos anos 2000. E conseguiu. 

Premonição 6 estreia em 15 de maio nos cinemas. Assista agora ao trailer: 

Nota do Clube da Lutz: 3.5/5

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