Thunderbolts*: Marvel sai do modo fast-food e volta a ter entregas melhores

Não é de hoje que a Marvel vem recebendo críticas intensas sobre a qualidade de suas produções, principalmente após as obras das fases 4 e 5 do universo. Porém, parece que finalmente o estúdio decidiu sair do modo fast-food – entrega rápida e de maior volume – e voltou a ter um olhar mais delicado para seus filmes. Assim, gloriosamente, surgiu Thunderbolts*: um longa que tenta aquecer o coração do fã preocupado.  

Em Thunderbolts*, Yelena (Florence Pugh) faz parte de uma equipe composta por ex-supervilões redimidos, prontos para agir em nome de causas controversas. A produção traz uma nova abordagem ao explorar personagens desajustados e suas lutas internas, enquanto enfrentam desafios de alto risco para o governo, misturando ação, humor e dilemas morais. 

Construção da atmosfera de Thunderbolts*

cena de thunderbolts*
Créditos: Divulgação / Marvel Studios

Apesar do filme ter o título do grupo, a narrativa é guiada pela Yelena e logo somos apresentados pelo cenário atual que a personagem vive: depressiva, solitária e sem expectativa de um futuro que secretamente almeja. É importante sabermos isso logo de cara, porque tudo do longa está vinculado a esse estado mental em que a personagem se encontra. 

Afinal, a escolha do design de produção de Thunderbolts* é inspirado na saúde mental dos personagens, fugindo completamente do que estamos acostumados a assistir em longas de super-herois. Aqui, tudo é feio, opaco e sem vida, desde a escolha da paleta de cores até o figurino. Dessa forma, é ainda mais imersivo para compreendermos como os próprios personagens se enxergam em um universo em que existam pessoas que salvam o mundo e outras que só são usadas para apagar os erros de pessoas gananciosas. 

Outro ponto que é possível enxergar tamanha delicadeza é na parceria entre a direção e a sutil atuação do elenco ao mostrar suas vulnerabilidades. A todo momento vemos os personagens sendo rudes, debochados ou servindo como alívio cômico. Porém, o diretor Jake Schreier (Cidades de Papel) faz questão de trazer o medo e a tristeza nos olhares vazios ou até no desvio deles. 

Roteiro de Thunderbolts*: o retorno de uma boa temática

elenco de thunderbolts
Créditos: Divulgação / Marvel Studios

O roteiro de poucas promessas consegue cumprir o seu papel. Parece uma acusação óbvia, porém, após tantos filmes sem um tema por trás ou um objetivo mais profundo, finalmente temos um texto orgânico. Em Thunderbolts*, temos personagens com arcos interessantes, história de corrupção e redenção de personagens totalmente humanos. 

Porém, tenho que ser justa em avisar que, apesar do roteiro ser funcional, ainda sim comete seus pecados. Por exemplo, como diálogos que poderiam ter um aprofundamento, porém, logo são cortados com humor que beiram o padrão pastelão. 

Além disso, assim como outros filmes recentes do estúdio, o desenvolvimento do vilão é extremamente rápido. Somos apresentados a um personagem “indestrutível”, mas que é vencido em segundos com apenas frases de efeito. Ao meu ver, esse é o ponto negativo mais frustrante da obra, porque toda construção até chegar ali é satisfatória. 

CGI? Florence Pugh desconhece 

florence Pugh como Yelena em thunderbolts*
Créditos: Divulgação / Marvel Studios

Não é novidade que as cenas de luta da Marvel são bem elaboradas e interessantes de assistir. Dessa vez, é preciso elogiar não só as coreografias como os jogos de câmeras que foram realizados, como na sequência em que os anti-heróis precisam encarar seus traumas ou no primeiro encontro com o vilão.

Porém, não é de hoje que há uma reclamação constante sobre a qualidade do CGI nas obras da Marvel, como Viúva Negra (Cate Shortland) ou o final de Pantera Negra 2 (Ryan Coogler), por exemplo. Dessa vez, os efeitos convencem, não sendo um problema para os nossos olhos. 

Além disso, para que isso realmente não fosse problema, Florence Pugh (Viúva Negra) decidiu encarar o desafio de sua personagem e pulou do segundo prédio mais alto do mundo. A cena inicial, apesar de curta, é de tirar o fôlego e mostra uma nova perspectiva sobre o que será o filme. 

Thunderbolts* pode ser considerado o renascimento da Marvel? 

Apesar do marketing de Quarteto Fantástico estar focado em trazer esperanças para os marvetes sobre o futuro do MCU, eu acho que o público tem que estar atento ao Thunderbolts*. É um filme que vai além do divertimento, principalmente porque a obra tem um gancho curioso para deixar qualquer fã entusiasmado com o que está por vir nas próximas produções. Sem levar em consideração as duas cenas pós-créditos foram muito bem escolhidas.

Aliás, acho curioso o tamanho do cuidado que tiveram com o filme. Talvez, o estúdio tenha se sentido representado nos personagens que se sentem deixados de lado, mesmo que tenham o seu valor.  

Thunderbolts* estreia em 1º de maio nos cinemas. Assista agora o trailer do longa: 

Nota do Clube da Lutz: 3.5/5

2 thoughts on “Thunderbolts*: Marvel sai do modo fast-food e volta a ter entregas melhores

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